segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Reflexão geral sobre esta Unidade Curricular

A nível geral faço uma apreciação e avaliação positiva desta Unidade Curricular. É certo que as minhas expectativas iniciais não corresponderam com aquilo que trabalhamos nesta UC. Inicialmente, pensava que iríamos trabalhar nas ferramentas básicas do Microsoft Office, pois foi isso que aconteceu quando tive uma disciplina chamada Tecnologias da Informação e da Comunicação no ensino secundário. Contudo, quando tive a primeira aula desta cadeira percebi que não era isso que ia acontecer. Este facto fez com que ficasse bastante surpreendida e também muito expectante em relação àquilo que iríamos abordar.

Sinto que nesta UC desenvolvi capacidades que me permitirão no futuro profissional trabalhar com as crianças, de forma a transmitir--lhes conceitos básicos das TIC, mas mais importante, “ensinar-lhes” a utilizar as novas tecnologias de uma maneira adequada.

Com o tema do meu trabalho, percebi de uma forma mais concreta que é importante, que tanto os pais como educadores ou professores acompanhem as crianças/alunos na utilização do computador/internet. Isto porque, por vezes, mesmo sendo sem querer, as crianças encontram sites com conteúdos para adultos ou então porque estas não conseguem determinar as alturas certas para usar as tecnologias. Muito provavelmente, este facto deve-se à muita oferta existente. Com a leitura de alguns artigos, de alguns estudos estatísticos e com a realização dos inquéritos, percebi que por vezes, a falta de acompanhamento é devido à falta de conhecimento pela parte dos pais. Na curta metragem que o meu grupo fez esse aspecto é visível, pois a resposta de um menino à pergunta “os teus pais costumam acompanhar-te quando utilizas o computador/internet?” foi “não..eu como percebo melhor que eles...”. Visto isto, penso que é necessário fazer alguma coisa para evitar que as crianças caiam nos malefícios das novas tecnologias.

Em suma, nesta Unidade Curricular desenvolvi a capacidade de trabalho em grupo, adequiri conceitos básicos que me facilitarão as relações futuras com as crianças e um aspecto bastante importante, é que tomei conhecimento de um fórum muito útil relacionado com o mundo que me espera depois de terminado o curso, refiro-me à @rca comum. Esta UC deu-me ainda a conhecer novos programas e novas formas de pesquisa de informação, que até então desconhecia.

Aula dia 23 de Janeiro de 2009

Este foi o dia da apresentação de todos os trabalhos finais. Quando soube como ia ser realizada a apresentação pensei que aquilo se ia tornar numa confusão e que não iria conseguir ver os trabalhos dos outros grupos. No entanto, estava enganada, pois houve bastante organização e foi possível ver todos os trabalhos.
Em relação aos trabalhos que visualizei neste dia tenho uma opinião bastante positiva. É certo, que se percebe que houve grupos que se esforçaram mais do que outros. No entanto, a meu ver, todos os grupos trabalharam muito e conseguiram alcançar trabalhos de grande qualidade. Muitos dos grupos tiveram ideias semelhantes em relação ao projecto final, como é o caso das filmagens. Contudo, mesmo havendo esta semelhança, visto que todos os temas eram diferentes os trabalhos acabaram por se tornar bastante distintos.
Gostaria de colocar no meu portefólio o vídeo que tem como título "Crescer com a internet" e que juntamente com o nosso blog (http://www.internetseguratic.blogspot.com/) formam o projecto final do meu grupo. No entanto, não é possível carregar o vídeo, pois está a ocorrer um erro. Mesmo assim, penso que não haverá problema, pois este vídeo já foi entregue ao professor António José Osório num cd.

Aula dia 20 de Janeiro de 2009

Neste dia não houve aula, pois o professor não pôde comparecer. No entanto, utilizámos este tempo para realizar as filmagens que irão fazer parte do nosso projecto final. Eu fiquei encarregue por duas situações do nosso guião. Estes momentos de filmagem foram bastante divertidos, mas por outro lado, foram de algum stress. Com este trabalho percebi que as crianças são bastante sinceras e que mesmo sem eu lhes indicar o que deveriam dizer enquanto estavam a ser filmadas, estas têm um nível de espontaneidade bastante elevado.

Aula dia 13 de Janeiro de 2009

Nesta aula decorreram os últimos preparativos para o trabalho final. Acabamos de elaborar o guião e dividimos tarefas, pois como as filmagens vão ser feitas com crianças, os elementos do grupo que têm irmãos ou familiares mais novos é que ficaram responsáveis por uma parte das gravações. Visto isto, eu fiquei responsável por duas situações da curta-metragem. Confesso que estou um pouco ansiosa e expectante para saber como é que a minha irmã e o meu vizinho, que entrarão nas filmagens, vão reagir. Sinto-me na obrigação de fazer um bom trabalho, não só no projecto final, mas também nas partes da curta-metragem, pelas quais eu fiquei responsável, pois não quero que os restantes elementos do grupo sejam prejudicados por minha causa. Agora, é só esperar até ao dia das filmagens e ver como corre.
Este é o guião que suportou o vídeo do nosso projecto final.

GUIÃO

“Crescer com a Internet”

Breve apresentação do tema

Situação 1 - Menino Viciado

O menino está a jogar no computador, completamente concentrado no jogo. A mãe chama-o para ir jantar, mas ele não ouve. Passadoa cinco minutos, a mãe volta a chamar. Ele também não ouve desta vez ou finge não ouvir. Ao fim de mais cinco minutos, amãe farta de esperar por ele ameaça-o, se ele não for jantar imediatamente vai ficar sem computador durante uma semana. O menino corre então para a cozinha pois fica em pânico coma possibilidade deste castigo, porque já não se imagina sem o computador.

Situação 2 - Os pais ajudam na utilização das TIC

A menina está no computador a fazer um trabalho para a escola.

Menina: Mãe, preciso de ajuda para fazer um trabalho da escola, mas não sei como procurar…

A mãe vai para junto da filha e explica-lhe como utilizar o motor de busca e mostra-lhe como pode beneficiar de todas as vantagens desta tecnologia.

Situação 3 - Tecnologias de Informação e Comunicação

O menino completamente distraído utiliza ao mesmo tempo diferentes dispositivos tecnológicos, o computador, o telemóvel,…

Mãe: Francisco! Francisco! Como consegues fazer isso tudo ao mesmo tempo?!

Menino: O que foi? (diz ele tirando os auriculares)

Mãe: Como consegues fazer isso tudo ao mesmo tempo?!

Menino: Conseguindo…(e volta a colocar os auriculares).

Situação 4 - Dois irmãos, um computador

Inicialmente os dois irmãos brincavam juntos, partilhavam os mesmos brinquedos, faziam jogos juntos. Mas com o tempo tudo mudou, foram crescendo e receberam como prenda um computador.A irmã mais velha deixou de brincar com o irmão, ficou agora viciada no computador.

Menino: Anda brincar comigo!...

Menina: Não me chateies. Eu não quero brincar contigo. (e continua no computador).
Os irmãos cresceram e já não ligam a brinquedos, disputam agora a utilização do computador.

Menino: Dá-me o computador, agora é a minha vez.

Menina: Esquece, eu sou a mais velha o computador é meu. Vai-te embora!

O menino sai do quarto muito triste.

Situação 5 - Abordagem familiar

Em casa… o pai está a trabalhar atarefado com um monte de papéis.

- Ó papá, a minha professora diz que é perigoso brincar na net, é verdade?

- O quê? O que estás a dizer? (diz o pai sem tirar os olhos dos papéis)

- A Internet, pai! Tem perigos?

- Não, claro que não. Que estupidez! Vai lá fazer um jogo qualquer e deixa-me trabalhar.

O menino encolhe os ombros e dirige-se à mãe na cozinha.

- Ó mãe, ajudas-me a falar no msn com o meu amigo de Viseu? Não consigo perceber algumas coisas, ajudas-me?

- Tens um amigo em Viseu? Quem é? Mas depois falamos sobre isso. Agora estou a cozinhar e eu também não percebo nada dessas novas tecnologias, vai fazer um jogo!

O menino triste volta para o computador.Senta-se e passa aí muito tempo (luzes ligadas – dia, luzes apagadas noite).Mostra-se o menino sentado ao computador e para seu espanto entra e vê sites desapropriados.

Entrevistas

Utilizando as perguntas que fizemos no questionário, filmamos agora as respostas e opiniões dos nossos pequenos colaboradores.

- O que é para ti a Internet?

- O que costumas fazer quando utilizas o computador?

- Qual é o teu tempo de utilização do computador/ Internet?

- Quais as outras tecnologias que normalmente usas no teu dia-a-dia?

- Os teus pais ou professores acompanham-te quando utilizas o computador ou a Internet?

Nota: Todas estas situações aqui retratadas, tiveram como base as respostas obtidas no questionário que previamente fizemos a um grupo de crianças entre os 8 e os 11 anos.

Aula dia 6 de Janeiro de 2009

Nesta aula começámos por publicar o questionário realizado aos pais, educadores e alunos no blog. A meu ver, o nosso blog está a ficar muito completo. É um local com uma grande quantidade de informação útil, tornando mais fácil, tanto aos restantes elementos da turma, como ao professor, aceder a toda a informação relacionada com o nosso tema. É também uma forma de termos um portefólio de grupo, pois qualquer assunto que alguém não tenha percebido nas nossas apresentações pode ir lá consultar e tirar as suas dúvidas.


De seguida, direccionámo-nos para o acabamento do guião. Este processo correu um pouco melhor do que nas aulas anteriores em que também estivemos a trabalhar na sua criação. Penso que todas nos estamos a esforçar ainda mais, de forma a fazermos um bom trabalho e a surpreendermos os outros, mas também a nós mesmas.

Aula dia 16 de Dezembro de 2008

Nesta aula tivemos a presença de um senhor que nos foi ensinar os métodos principais da utilização do “Squeak”. Este é um programa que está directamente relacionado com as crianças. A minha primeira impressão sobre este programa foi de que é bastante parecido com o paint. Por isto, confesso que no início achei um pouco ridículo, pois o meu pensamento foi “vim para a universidade aprender a trabalhar com um programa igual ao paint?”. No entanto, com o decorrer da aula percebi que as semelhanças do Squeak com o paint não são muitas. O Squeak é um programa que tem variadas funções, que abrange distintas áreas, o que não acontece com o paint. Na minha opinião, esta aula foi muito importante, pois penso que me será muito útil no meu futuro profissional. Com o Squeak podem-se criar coisas muito divertidas e que, a meu ver, atraem as crianças, fascinando-as e captando a sua atenção. Como por exemplo, é possível desenhar um caranguejo numa praia e pô-lo a andar de um lado para o outro. Este tipo de situações atraem as crianças, mantendo-as em contacto, de uma forma saudável, com as novas tecnologias.

Aula dia 9 de Dezembro de 2008

Nesta aula foi-nos explicado o funcionamento da @rca comum. @rca comum é um fórum para professores, educadores ou pessoas que estejam a estudar nessas áreas. Inicialmente, pensei que não seria muito útil inscrever-me. Contudo, acabei por criar uma conta e hoje percebo que foi a melhor opção, pois actualmente recebo imensos emails com trabalhos de vários temas que me poderão ser muito úteis no meu futuro profissional. Este fórum pode também ajudar-me a esclarecer alguma dúvida que eu tenha relacionada, por exemplo, com o mundo da educação, pois as várias pessoas que nele participam podem ser capazes de me auxiliar.
No restante tempo da aula trabalhamos no projecto de grupo. Continuamos a realizar o guião para a curta-metragem, apesar de nesta aula não termos tido muito sucesso, pois, digamos que nenhuma de nós estava muito inspirada e com imaginação. Visto isto, decidimos analisar as respostas dos inquéritos e seleccionar algumas para colocar no nosso blog. A nível pessoal foi muito interessante e até divertido ler as respostas dadas por algumas crianças. Estas são super sinceras, o que torna as suas respostas bastante directas e por vezes engraçadas. Com as respostas podemos verificar que muitas das vezes as crianças não são acompanhadas por um adulto no uso do computador/internet, o que é um facto um pouco preocupante. Penso que não é necessário colocar no meu portefólio o questionário e as respostas dadas pelas várias pessoas entrevistadas, pois podem ser consultadas em www.internetseguratic.blogspot.com.

Aula dia 2 de Dezembro de 2008

Nesta aula tivemos a companhia de duas mestrandas, que nos foram falar sobre a exploração do Braga Digital, que é um portal pedagógico onde podemos ter formações online.

No restante tempo da aula, cada grupo continuou a trabalhar no seu tema. O meu grupo realizou um inquérito relacionado com o tema do nosso trabalho. Este inquérito será feito aos pais, professores e crianças, com idades compreendidas entre os 8 e os 11 anos.

De seguida, começamos a trabalhar na elaboração do guião do nosso projecto final (curta-metragem). Na minha opinião, este não é um trabalho muito fácil, pois todo o guião tem de ter um fio condutor, que por vezes não é muito simples de se obter. No entanto, penso que com algum esforço, tanto meu, como dos restantes elementos do grupo, iremos conseguir fazer um bom trabalho.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Aula dia 18 de Novembro de 2008

Nesta aula, o meu grupo fez a apresentação do power point elaborado na aula do dia 4/11. A apresentação, a meu ver, correu bem. Digo isto, porque a turma fez comentários positivos, principalmente em relação ao blog, várias pessoas disseram que foi uma ideia muito boa.

Foi solicitado pelo professor que cada grupo pesquisasse um artigo, um filme e uma música. Todos estes elementos tinham de estar relacionados com o tema do grupo. Para além disto, tivemos também de indicar a ficha técnica do filme e da música. A música escolhida pelo meu grupo foi “MC Lars – Internet Relationships”. O filme seleccionado intitula-se por “You've got mail” e o artigo é o da Dr.ª Ana Francisca Monteiro denominado por “Mediação no uso da Internet por crianças e jovens: Contornos do problema”. Inicialmente, não estava a ser muito fácil encontrar um filme que estivesse relacionado com o tema do meu grupo, mas com algum trabalho de pesquisa conseguimos concretizar esta actividade. Visto que todos estes elementos estão publicados no nosso blog em http://www.internetseguratic.blogspot.com/ e foram fornecidos ao professor, penso que não há necessidade de os colocar aqui.

Aula dia 11 de Novembro de 2008

Ao longo das últimas duas semanas temos contactado com a Dr. Ana Francisca Monteiro. Perguntámos-lhe se seria possível marcar um encontro com ela, de forma a falar sobre o trabalho que estamos a realizar e numa tentativa de ela nos indicar várias fontes de informação, ou mesmo de nos aludir para vários caminhos por onde podemos seguir para chegar a um projecto final. Ela mostrou-se bastante acessível e assim, nesta aula encontrámo-nos com ela. No final deste encontro, depois de algum tempo de conversa ficamos a conhecer várias referências bibliográficas, que serão importantes para o grupo, pois dar-nos-ão muita informação de que necessitamos.
No restante tempo da aula analisamos algumas das referências bibliográficas recomendadas pela Dr.ª Ana Francisca Monteiro. Como por exemplo:

Aula dia 4 de Novembro de 2008

Nesta aula, o grupo M (Motivação) fez uma pequena apresentação do seu trabalho. A meu ver, o tema deste grupo é muito interessante, pois está relacionado com o Magalhães, que tem proporcionado várias discussões em seu redor.

O meu grupo decidiu criar um blog, onde pudéssemos colocar toda a informação que recolhemos sobre o nosso tema e todos os trabalhos que formos realizando ao longo do semestre. Visto isto, decidimos começar nesta aula a trabalhar neste projecto. O blog pode ser consultado em http://www.internetseguratic.blogspot.com/.

De seguida, foi pedido pelo professor que realizássemos uma pequena apresentação sobre o trabalho que estamos a desenvolver. Como havia várias coisas que precisávamos de fazer nesta aula decidimos dividir tarefas. Eu e outro elemento do grupo ficámos encarregues pela realização da apresentação. Optámos por uma apresentação em power point, onde abordássemos tudo o que temos feito ao longo do semestre nesta Unidade Curricular e também onde referíssemos quais os nossos objectivos e projectos futuros relativamente ao nosso trabalho de grupo. Visto que não é possível colocar neste blog a apresentação em power point que realizámos, devido ao formato não ser compatível, aqui ficam as ideias principais desta apresentação.


Aspectos teóricos
  • Vertente educacional: partilha e aprendizagem de conhecimentos
  • Vertente parental: ambiente de cumplicidade e confiança estimulando autonomia e responsabilidade
  • Riscos / Educação
  • Dependência


Futuros projectos

Colocamos ainda na apresentação um vídeo, que se encontra de seguida, pois consideramos que está relacionado com o tema do nosso trabalho.


Aula dia 28 de Outubro de 2008

Nesta aula tivemos uma conversa com o professor, na qual este nos deu algumas sugestões em relação ao trabalho de grupo. Considero que esta conversa foi bastante importante, isto porque me ajudou a perceber mais concretamente que trabalho é que o professor esperava que nós realizássemos. No entanto, ainda mais importante, é o facto deste diálogo me ter ajudado a mim e também ao grupo, a ter ideias para o nosso projecto final.

No restante tempo da aula, trabalhamos no elearning. Num sítio próprio (comunicação – lista) criei a minha Homepage, onde coloquei a minha fotografia, onde escrevi as informações básicas sobre mim e onde indiquei qual as páginas da internet que utilizo mais frequentemente.

Aula dia 21 de Outubro de 2008

Nesta aula fizemos a apresentação do trabalho que realizámos no dia 7 de Outubro. O meu grupo decidiu fazer uma apresentação em vídeo e penso que foi uma boa opção, pois, na minha opinião, para ser o primeiro trabalho tinha um bom nível.
De uma forma geral, todos os trabalhos estavam bons. No entanto, todos temos de pesquisar e trabalhar muito ao longo desta Unidade Curricular, para que possamos ter um projecto de qualidade.

Por último, elaborámos uma série de perguntas/dúvidas sobre o tema do trabalho de grupo. As questões do nosso grupo, grupo I, foram:
  • Existe algum programa que estabeleça limites nos conteúdos de pesquisa na internet?
  • Como é que as escolas e as famílias podem proteger as crianças dos perigos da internet, sem as impedirem de ter acesso a uma ferramenta indispensável na sociedade actual?
  • Que critérios devemos utilizar para saber se determinado programa é adequado para uma dada faixa etária?
  • Ao terem conhecimento de conteúdos ilegais na internet (programas ou sites), que possam ser vistos por crianças e jovens, existe alguma forma de os pais ou professores os denunciarem, com vista a estes serem retirados?
  • Será possível perceber o nível de dependência que as crianças criaram em relação à utilização das novas tecnologias?
  • Como é possível manter um equilíbrio entre as novas tecnologias e as brincadeiras tradicionais?
Seguidamente, encontra-se o vídeo que apresentamos nesta aula.

Aula dia 14 de Outubro de 2008

Nesta aula, o professor faltou. No entanto, tivemos de realizar alguns trabalhos online. Depois de terminar estes trabalhos feitos no elearning, efectuei uma pesquisa de informação para o trabalho de grupo. Com esta pesquisa percebi que existe muita informação relacionada com o tema do meu grupo, no entanto, uma grande parte não tem fonte credível.

Aula dia 7 de Outubro de 2008

Na aula de hoje começamos por fazer um ponto da situação do que aprendemos ao longo desta Unidade Curricular até à aula de hoje. A conclusão que tiramos não foi muito favorável, pois a maioria das pessoas disse que não tinha aprendido nada. Na minha opinião, apesar desta UC, até à altura, não corresponder às minhas expectativas aprendi uma coisa bastante útil. Refiro-me ao facto de não limitar as minhas pesquisas à internet, mais concretamente ao Google, pois até à data era o que eu fazia e muita da informação que recolhia não era credível.
Depois disto, o professor propôs que fizéssemos uma pesquisa de um artigo sobre um tema do nosso interesse. O artigo que encontrei na internet e que me chamou a atenção foi “A sociedade da informação. A criança com deficiência e as novas tecnologias” de Carlos Fernandes da Silva e Ilda Cunha Pestana. Este tema despertou a minha curiosidade, porque penso que as novas tecnologias podem ser muito favoráveis e ajudar de alguma forma as crianças com algum tipo de deficiência. Assim, com esta leitura tinha a intenção de descobrir de que maneira poderia ser dado este tipo de ajuda.
Seguidamente, apresento o artigo que seleccionei nesta aula.

A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA E AS NOVAS TECNOLOGIAS
CARLOS FERNANDES DA SILVA*
ILDA CUNHA PESTANA**

Resumo
Neste artigo, pretende-se reflectir acerca do emergir de Novas Tecnologias da Informação e Comunicação, que promovem um novo paradigma de sociedade baseada na informação e no conhecimento. As Novas Tecnologias podem melhorar significativamente a vida da criança com
deficiência, ajudando-a a ultrapassar determinadas barreiras. A Escola deverá estar atenta às inovações tecnológicas, para benefício do sucesso educativo.

Introdução
A sociedade está num processo de mudança em que as novas tecnologias são as principais responsáveis, alguns autores identificam um novo paradigma de sociedade que se baseia num bem precioso, a informação, atribuindo-lhe várias designações, entre elas a sociedade da informação. (Naisbitt, 1988; Drucker, 1993; Toffler, 1984; Santos, 2004:255-268)
Esta sociedade poderá ser responsável por grandes diferenças sociais, tendo em conta o seu grau de exigência. Como é uma sociedade que vive do poder da informação, tendo como base as novas tecnologias ela poderá ser muito discriminatória, quer entre países, quer internamente, entre empresas, entre pessoas. Até algum tempo atrás, o saber ler e interpretar textos, bem como efectuar cálculos matemáticos simples, era obrigatório para se viver em harmonia e bem-estar na sociedade, este novo cenário mudou e as necessidades de qualificações profissionais e académicas aumentaram consideravelmente. (Lyon, 1998)

* Professor Catedrático do Departamento de Ciências da Educação da Universidade de Aveiro.
** Professora do Quadro de Zona Pedagógica de Aveiro e aluna do mestrado em Análise Social e Administração da
Educação da Universidade de Aveiro.

As pessoas têm de ser capazes de se adaptarem a diversos meios, desenvolvendo uma atitude flexível, com conhecimentos generalistas, capazes de se formarem ao longo da vida de acordo com as suas necessidades e que dominem as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A sociedade exige da escola pessoas com uma formação ampla, especializada, com um espírito empreendedor e criativo, com o domínio de uma ou várias línguas estrangeiras, com grandes capacidades de resolução de problemas (Martins, 1999; Matos, 2004).
Sabemos que as Tecnologias fazem parte integrante das nossas vidas privadas e profissional. Com a utilização doméstica da informática, do computador pessoal, da Internet e do telemóvel, a vida do cidadão encontra-se facilitada. Os jovens adquirem vários conhecimentos fora da escola, preferindo por vezes o aconchegante lar, com todas as tecnologias à disposição, à escola enfadonha e obsoleta. É importante a escola tornar-se mais atractiva e em sintonia com as novidades tecnológicas que vão deslumbrando o Homem. (Forester, 1989; Lyon, 1998)
As potencialidades das tecnologias da informação e comunicação são cada vez maiores, promovendo um novo paradigma de sociedade, que poderá facilitar a integração das pessoas com deficiências na vida activa. Por um lado, as tecnologias facilitam a comunicação que poderá estar limitada por uma deficiência física, por outro lado as barreiras espaciais esbatem-se. A nível pessoal através da Internet facilmente se fazem compras, como se procede a transferências bancárias, ou se preenche o boletim do IRS.
As Tecnologias estão a revolucionar a sociedade em vários campos. A forma como se organiza o trabalho está a mudar, deixando o espaço e o tempo de ter a construção mental de hoje. Ora vejamos, com as tecnologias portáteis, acessíveis ao cidadão comum, facilmente se monta no lar um potente escritório com janela aberta para o mundo, através da Internet. O trabalhador desde o início da industrialização que presta um serviço, num período de tempo pré-estabelecido para a realização de uma tarefa específica num local determinado pelo empregador. Neste momento caminhamos para tipo de organização do trabalho, em que se valoriza o produto final, existindo uma maior flexibilidade, quer de tempo, quer de espaço. A invenção do computador, e da Internet contribui para a constante evolução da sociedade, melhorando a qualidade de vida do indivíduo. (Godinho et al, 2004)
O trabalhador, no conforto do seu lar, realiza os trabalhos gerindo o tempo autonomamente. Acreditamos que esta nova organização do trabalho, que valoriza o produto final, poderá vir a incluir com maior facilidade as pessoas com deficiência, ultrapassando algum preconceito existente face às suas capacidades produtivas. Começa a deixar de fazer sentido a celebração de um contrato de trabalho uma vez que o trabalhador poderá criar e vender o produto final autonomamente, tratando-se especialmente de informação e conhecimento. (Godinho et al, 2004; Mello & Santos, 2004)

1. Sociedade da Informação
A Sociedade da Informação utiliza como recurso as Tecnologias de Informação e da Comunicação. As novas tecnologias instaladas na sociedade e no trabalho levaram a profundas mudanças no campo social e individual ao influenciarem drasticamente a vida humana, o tempo e o espaço. (Gouveia & Gaio et al, 2004: 257). A sociedade tenderá a ser cada vez mais competitiva, criando mais riqueza e consequentemente qualidade de vida, tornando-se numa sociedade mais livre evitando a exclusão do cidadão convidando-o a participar. Mas para que isto seja possível e não se criem maiores dissimetrias sociais, as políticas educativas desempenham um papel primordial.
Considerando que o novo paradigma social tem como principal recurso a informação, a correcta utilização, pesquisa, armazenamento e tratamento da informação, o cidadão tem de aprender a lidar com esta realidade. Não parece ser suficiente manusear correctamente as tecnologias, é necessário desenvolver as competências necessárias para compreender este novo processo. O indivíduo tem de ser capaz de acompanhar adequadamente as inovações para ter uma adequada integração na sociedade e no mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente (Drucker, 1993; Forester,1989; Lyon, 1998; Martins, 1999; Naisbitt, 1988).

1.2. Desafios
Os aspectos positivos são visíveis, tal como a melhoria da nossa qualidade de vida. Com a introdução de máquinas e robôs nas indústrias tem-se aumentado a taxa de desemprego, mas a transição por vezes tem estas consequências. Com o nascimento de um novo sector, denominado de quaternário, cujo bem mais importante é a informação, assistimos a mudanças profundas na sociedade. A taxa de desemprego continua a aumentar com o desaparecimento de algumas profissões, entre outros factores. A perda de postos de trabalho, a extinção de algumas profissões, e a reconversão de outras até serem substituídas por novas, decorre um longo período de adaptação, que se poderá estar a viver neste momento, sendo difícil analisar as transformações quando estão a acontecer sem o tempo necessário para verificar as consequências. O Homem chegou ao ponto de se copiar a ele mesmo, através da clonagem, a inovação atingiu vários sectores da sociedade. Portugal encontra-se em transformação estando a sociedade a mudar impondo-se um novo paradigma, que vive da informação e dos conhecimentos (Drucker, 1993; Forester, 1989; Lyon, 1998; Martins, 1999; Naisbitt, 1988).
A competitividade exige performance de desempenho profissional, flexibilidade apostando-se na qualidade do produto ou serviço final em detrimento do processo. A caneta e o papel estão claramente a ser substituídos pelas capacidades oferecidas pela informática, quer em termos de hardware como de software. As facilidades que as tecnologias trazem têm vindo a aumentar o nível de complexidade da informação e o seu respectivo tratamento. Com a Internet existe a troca de fluxo vivo de informação. A economia também é influenciada por este processo (Delors, et al, 1996).
“Competitividade dos países e das empresas tem assentado na informação, no conhecimento e na competência dos seus recursos humanos e por isso os factores de competitividade decisivos foram a inovação, a tecnologia e a capacidade estratégica e de organizar das pessoas e das empresas. A mobilidade e a autonomia de saber fazer e de fazer serão decisivas para que o crescimento económico seja sustentável a longo prazo.” (Delors, et al., 1996:11).
O livro verde (Missão para a Sociedade da Informação) para o desenvolvimento da sociedade da informação no contexto português, aprovado em Abril de 1997, aponta para alguns desafios da SI, a criação de novas oportunidades de emprego, a emergência do comércio electrónico, a abertura do Estado aos cidadãos, o papel das escolas na disseminação de novos conhecimentos e as implicações sociais e jurídicas de todas estastransformações.

1.3. Exigências do Mercado de Trabalho
As medidas políticas, para a Sociedade de Informação têm de passar por alterações profundas da educação, as TIC estão presentes no nosso quotidiano e têm uma particularidade muito interessante, como refere Luís Ribeiro, as tecnologias disponibilizam e oferecem produtos e serviços dois passos à frente daquilo que, em muitas circunstâncias, o mercado e os consumidores necessitam, procuram ou sequer esperam. A criatividade em torno desta questão tem sido imensa, as tecnologias não param de surpreender, contribuem para o bem-estar e para o desenvolvimento económico, mas em contrapartida criam sérias injustiças sociais, se pensarmos nas exigências que elas colocam. Elas têm contribuído para o bem-estar das pessoas
portadoras de deficiência (Ribeiro, 2002).
O mercado global é extremamente competitivo e inovador, como consequência, os consumidores em todo o mundo têm produtos mais baratos com melhor qualidade (Bóia, 2003). A sociedade portuguesa está integrada no contexto Europeu, sendo considerada desenvolvida. Este desenvolvimento processa-se através de diversos factores, incluindo a educação num deles.

2. Novas competências e as novas profissões
2.1. A Informação
Com a importância que a informação tem na sociedade surge o sector quaternário, baseado na informação. Este novo tipo de sociedade exige uma preparação muito maior do cidadão. Ele tem de saber gerir a informação, interpretá-la correctamente, tem de ter um espírito empreendedor, ser inovador e criativo. Com o processo de globalização a nível mundial e com o acesso à Internet, é necessário o conhecimento de uma língua universal, como é o caso do Inglês. A sociedade do conhecimento apresenta muitas exigências e quem não se preparar ficará excluído, perante este panorama será fácil constatar que a escola também necessita de mudar e evoluir de forma a dar respostas às necessidades da sociedade actual, cada vez mais exigente.
“A sociedade do conhecimento em que vivemos só pode desenvolver-se através do forte reforço da capacidade humana promovendo a excelência na educação, do básico ao terciário, e apostando na aprendizagem ao longo da vida como novo paradigma educativo, (…) (Conselho Nacional de Educação, 2002:25)

2.2. Competências Básicas
Segundo o relatório do Conselho Nacional de Educação a sociedade da informação exige o desenvolvimento das seguintes aptidões:
· uma cultura do saber científico e tecnológico;
· um espírito empreendedor e de uma capacidade de inovação;
· a capacidade de auto-aprendizagem ao longo da vida, criando estímulos para a melhoria da produtividade individual e de grupo/equipa;
· a capacidade estratégica e de visão sobre novas oportunidades de negócios ou novas actividades;
· a capacidade de liderança, de organização por processos e de gestão por projectos;
· a inovação.
A educação tem o desafio de preparar o cidadão, (sem excluir os cidadãos com deficiência) para uma boa utilização das novas tecnologias e combater a info-exclusão.
O Estado deverá dar o exemplo positivo nesta matéria, munindo a administração pública de todos os meios para acompanhar o desenvolvimento da sociedade da informação e à escola caberá promover a própria sociedade da informação (Santos, 2004).
Com a Sociedade Industrial e o Capitalismo o indivíduo vendia a sua força e o seu tempo durante um determinado período de tempo, em troca de um salário. O local de trabalho era geralmente a fábrica estando o indivíduo subordinado às ordens de outro. Este tipo de organização baseava-se no paradigma taylorismo, fundado na divisão entre concepção e execução de tarefas muito específicas e rotineiras, com uma hierarquia bem definida (Costa, 1997). Os artesãos trabalhavam com o seu próprio ritmo, na fábrica o indivíduo trabalha ao ritmo da máquina (Santos, 2004:257)

2.3. Alteração do Conceito de Tempo e Espaço
Com as TIC cada pessoa poderá trabalhar ao seu próprio ritmo, facilitando a inclusão no mercado de trabalho de indivíduos portadores de deficiências, no sentido que o indivíduo poderá produzir a partir de sua casa ao seu próprio ritmo. O tempo é gerido pelo trabalhador que se vê obrigado a apresentar um resultado. Uma competência profissional necessária é a autonomia e gestão do tempo (Morato, 1995).
Estão a surgir alterações ao nível da organização do trabalho com o aumento de trabalho à distância e pelo trabalho domiciliário. As empresas estão a organizar-se de modo diferente promovendo o trabalho de equipa, a troca de informação. As empresas, na Sociedade da Informação, para sobreviverem num mundo altamente competitivo e em constante mutação necessitam de indivíduos bem preparados que dominam as TIC, capazes de recolher e tratar informação.
Segundo Nelson Lima Santos, “Na verdade, a natureza da evolução tecnológica, e da correspondente evolução do trabalho-emprego para trabalho-actividade, exige, sobretudo, capacidades de adaptação e a aquisição de novos conhecimentos, de novos modos de relacionamento e de novos modos de gestão de pessoas e competências. E neste plano da gestão de pessoas e competências realça-se a cada vez maior dependência entre o trabalho e a aprendizagem contínua, a par do declínio do conceito de carreira e de trabalho para toda a vida (2004:263).”

2.4. Trabalho à Distância
Estão a emergir organizações e empresas virtuais, acessíveis on-line, constituindo uma vantagem para as pessoas portadoras de deficiência. Este tipo de «teletrabalho» tem diversas vantagens: é mais económico, dispensa os espaços físicos formal (podendo utilizar o próprio lar para criar um escritório virtual), basta possuir um computador pessoal, Internet e um telemóvel, entre outras tecnologias similares (Hardware e Software), não é necessário deslocações por vezes penosas em filas de trânsito, permite reduzir custos de alimentação e deslocação, a apresentação física e o modo de vestir deixam de ter importância, redução da hierarquia com a responsabilização e autonomia do trabalhador, etc. Este novo processo de informação permite as empresas, os clientes e s organizações de todo o mundo comunicarem facilmente. O «teletrabalho» é uma onsequência das potencialidades que as TIC oferecem. As oportunidades são enormes ara as pessoas com deficiência neste novo paradigma do sistema de emprego (Mello & Santos, 2004; Nazaré, 2002; Patrocínio, 2004; Xavier, 2004).

3. Impacto na Educação
3.1. Vantagens das Novas Tecnologias
Segundo a Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, no seu relatório para a UNESCO, as TIC são ferramentas valiosas para a educação; «o recurso ao computador e aos sistemas multimédia permite traçar percursos individualizados em que cada aluno pode progredir de acordo com o seu ritmo». O recurso às novas tecnologias constitui um meio de lutar contra o insucesso escolar. Observa-se, muitas vezes, que os «alunos com dificuldades no sistema tradicional ficam mais motivados quando têm oportunidade de utilizar essas tecnologias e podem, deste modo revelar melhor os seus talentos» (Godinho et al, 2004; UNESCO, 1998)
O acesso aos computadores tem vindo a aumentar, bem como à Internet, facilitando o ensino à distância para uma educação permanente de que necessita a Sociedade da Informação. O Conselho Nacional de Educação, através do relatório de 2002, visou detectar necessidades no sistema educativo, demonstra muita preocupação com as TIC, para responderem às necessidades da SI uma das advertências elaborada é a seguinte: “sejam tomadas as medidas políticas operacionais necessárias para as potencialidades das TIC permitam adaptar e colocar cada vez mais a estratégia de aprendizagem ao serviço das necessidades e expectativas dos indivíduos de todas as faixas etárias; (Conselho Nacional de Educação, 2002:82)
Os ambientes pedagógicos virtuais representam uma forma completamente nova de tecnologia educativa, oferecendo às instituições de todo o mundo um conjunto complexo de oportunidades e desafios, que consiste num programa informático de educação interactiva dotado de capacidades de comunicação integrada, um programa que serve de apoio, com uma simulação científica do real como um ambiente de aprendizagem.
“Certos comentadores são da opinião que esta evolução poderá ter consequências radicais, entre as quais a convergência futura do ensino superior e à distância, sobretudo se se puder integrar nos respectivos cursos materiais multimédia. (…) As áudio e vídeo-conferências sincrónicas, com partilha de ecrã e quadros em linha, que também se utilizam no ensino superior e à distância, são
neste aspecto menos vantajosas, embora tenham características mais parecidas com o face-a-face da sala de aula.” (UNESCO, 1998:124)
As possibilidades de aperfeiçoamento do processo de aprendizagem oferecidas pelo computador são muitas, como refere o relatório da UNESCO, desde a possibilidade de visualização através da simulação é possível visualizar processos e procedimentos altamente abstractos. A Internet está a impor-se como um meio cada vez mais importante de aprendizagem e entretenimento. A introdução da Internet e dos meios informático conduziu a uma mudança de métodos de ensino, estando ao dispor do professor um leque de meios que estimulam as aprendizagens, sendo a Internet e os meios informáticos um deles.
O impacto da Sociedade de Informação é grande e poderá reflectir-se profundamente na forma de organização do trabalho. A competitividade das empresas tem reflexos no indivíduo, tornando-se o mercado de trabalho extremamente exigente, e só quem adquirir determinadas competências poderá acompanhar positivamente este novo paradigma. Os info-excluídos não terão possibilidades de se integrarem neste novo tipo de sociedade. A escola tem neste contexto grandes responsabilidades que deverá enfrentar desde já, sem possibilidade de erro. Os efeitos negativos de quem não acompanhar as mudanças que tendem a impor-se irão sofrer efeitos muito negativos.
A formação, quer dos actores educativos, quer dos cidadãos em geral no que concerne às tecnologias ainda deixa muito a desejar. A literacia digital tem de ser desenvolvida sendo necessário analisar com cuidado esta questão. As TIC deixaram de ser meros instrumentos ou meios de trabalho, elas comportam um complicado processo dinâmico de informação (OCDE, 1992).

4. A Criança Portadora de Deficiência
4.1. Conceito
Carece esclarecer desde já conceitos. O termo deficiência significa, segundo a Convenção Interamericana para a eliminação de todas as formas de discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência, no artigo I, «uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais actividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo meio económico e social.»
Como refere o Secretariado Nacional de Reabilitação (1995:13) a igualdade de oportunidades é o «processo pelo qual os diverso sistemas da sociedade e o meio envolvente, tais como serviços, actividades, informação e documentação, se tornam acessíveis a todos e em especial, às pessoas com deficiência.»

4.2. O Papel da Educação
Neste sentido será importante passar o olhar pelo sistema educativo, considerando que através da formação se poderão adquirir as competências essenciais, para uma adequada integração social, onde a criança com deficiência também pode procurar o seu caminho. Outro aspecto importante é o sistema de emprego, sabemos que é um sistema bastante complexo e exigente sendo necessário criar mecanismos para que a inclusão de todos os cidadãos seja possível (Godinho et al, 2004).
O estado é responsável pela efectiva «integração das pessoas com deficiência», através de diversas medidas, que passam pela formação e incentivos às empresas e empregadores para integrarem pessoas com deficiência no mercado de trabalho (Secretaria Nacional de Reabilitação, 1995:26).
As dificuldades para estes cidadãos são enormes, apesar da protecção legal existente. O mercado de trabalho é muito competitivo e rigoroso, onde o cidadão sem deficiência encontra muitas barreiras, os números de desempregados em Portugal, hoje, falam por si. A educação desempenha um papel, neste contexto, primordial. Na Carta para o Terceiro Milénio é reconhecido o direito das pessoas com deficiência a terem «acesso ao tratamento, à informação sobre técnicas de auto-ajuda e, se necessário, à provisão de tecnologias assistidas e apropriadas.» As tecnologias vieram solucionar alguns problemas das pessoas com deficiência. A Internet é uma porta aberta para o mundo, onde o indivíduo com deficiência pode manobrar e explorar com algumas adaptações específicas. Como consta da Resolução do Conselho de Ministros, número 110/2003, «A Internet para alguns alunos não constitui uma alternativa de acesso à informação,
mas uma das únicas formas de acesso.» In RCM, nº 110/2003, de 12 de Agosto, nº 185 SÉRIE I-B)

4.3. A Formação de Professores
A formação de professores é uma questão muito importante para o sucesso da integração correcta das novas tecnologias e do apoio prestado aos alunos com deficiência ou dificuldades de aprendizagem. A formação inicial de professores é muito carenciada, existe ainda a falta de docentes com formação em educação especial. As dificuldades sentidas pelos profissionais que têm alunos deste cariz são inúmeras, desde a falta de formação, falta de condições materiais adequadas, falta de pessoal auxiliar de acção educativa preparado para prestar apoio, barreiras arquitectónicas por ultrapassar, até à simples desmotivação que a classe docente vive neste momento (Correia, 1997:161). Como refere o diploma da Resolução do Conselho de Ministros número 110/2003, “O domínio dessas tecnologias por parte dos alunos só será cabalmente atingido quando os próprios professores estiverem conscientes das potencialidades das tecnologias da informação e comunicação e as soubessem, também eles, potenciar na sua acção pedagógica.” (In RCM, nº 110/2003, de 12 de Agosto, nº 185 SÉRIE I-B)

4.4. O Ensino à distância
As crianças com deficiência necessitam de alterações ao nível do currículo e ao nível das estratégias e dos recursos que nem sempre são fáceis de concretizar numa sala tradicional. (Correia, 1997).
A inclusão das crianças com deficiência é muito importante. Não se pode privar estas crianças do convívio com outras crianças, porque através da interacção adquirem-se conhecimentos e desenvolvem-se competências. Segundo a Declaração Internacional de Montreal sobre a inclusão: “O acesso igualitário a todos os espaços da vida é um pré-requisito para os direitos humanos universais e liberdades fundamentais das pessoas. O esforço rumo a uma sociedade inclusiva para todos é a essência do desenvolvimento social sustentável.”
No entanto, devido à gravidade da deficiência, algumas crianças não podem estar presentes em todas as aulas e por vezes ausentam-se por um longo período de tempo por motivos de doença. Hoje é possível criar mecanismos para que estas crianças acompanhem as aulas onde quer que se encontrem, através do recurso às TIC, em especial à Internet, que permite a comunicação em tempo real, através de imagem e som, com uma pequena câmara digital, permitindo o ensino à distância (Raposo & Mealha, 2004: 117-130).
Após a conclusão do ensino básico obrigatório, muitas crianças com deficiência acabam por desistir da escola. O ensino à distância e a melhoria da organização escolar poderá fomentar o interesse dos alunos pela educação contínua necessária à plena integração na sociedade contemporânea (Godinho, 2004).

Conclusão
Estão a emergir novas profissões, está a surgir um novo sector, o quaternário relativo à informação, uma era digital se adivinha num futuro próximo, através das “auto estradas da informação e comunicação”, é necessário um novo paradigma de escola, uma escola descentralizada, verdadeiramente autónoma, com a participação real nas decisões da comunidade educativa, fornecendo-lhes verdadeiro poder de deliberação.
“Aos múltiplos desafios do futuro, a educação surge como um triunfo indispensável à humanidade na sua construção de ideias de paz, da liberdade e justiça social.” (Delors et al., 1996:11).
É pertinente pensar a educação para toda a vida tendo em conta que o cidadão tem que reciclar constantemente os seus conhecimentos. No ensino básico (escolaridade obrigatória), porque a SI é exigente, é necessário criar políticas educativas concertadas e adequadas à realidade, preparando o aluno para um futuro incerto, onde emergem constantemente novas profissões, onde outras ficam rapidamente obsoletas, necessitando de cidadãos que dominem a sua língua e uma língua universal, porque estamos integrados no mundo, de valores que visam a paz entre povos e aceitem a diferença e a diversidade de valores, crenças, raças e ainda que tenham um espírito empreendedor e criativo, sem esquecermos o domínio das novas tecnologias e a capacidade de pesquisa e selecção de informação. Não se pode excluir os alunos portadores de uma deficiência ou com dificuldades de aprendizagem, as TIC facilitam o processo de ensino aprendizagem destes alunos. (Morato, 1995)
É importante encontrar soluções adequadas promovendo o sucesso da educação permanente, segundo a Resolução de Conselho de Ministros, “O ensino à distância tem-se revelado uma alternativa possível ao ensino presencial, nomeadamente no caso de isolamento por motivo de doença ou grave incapacidade.” (In RCM, nº 110/2003, de 12 de Agosto, nº 185 SÉRIE I-B)
Com o aparecimento da Sociedade da Informação surge a necessidade de melhorar a qualidade de ensino. É urgente responder às necessidades de formação dos cidadãos para que consigam integrar-se facilmente no mercado de trabalho que neste tipo de sociedade se revela muito competitivo e exigente. “A educação é, desde longa data, reconhecida como um importante factor para o desenvolvimento económico e social (…)”. (Conselho Nacional de Educação, 2002:22)
Cabe à escola promover aprendizagens para combater a info-exclusão ou o analfabetismo funcional da Informação, que significa, em traços gerais, a não aquisição das competências básicas a nível das TIC. A escola tem que saber lidar com a diferença, seja ela qual for, contribuindo para a adequada integração dos jovens na vida activa.
As potencialidades das Novas Tecnologias da Comunicação e Informação são visíveis, facilitam o fluxo de comunicação entre o mundo inteiro, com muitas performances. As crianças com deficiência encontram nelas uma preciosa ajuda, elas contribuem consideravelmente para a melhoria da sua qualidade de vida. As oportunidades de trabalho que as TIC proporcionam são consideráveis, é necessário a Escola virar-se para estas questões adequando o currículo nacional a esta realidade. Os actores educativos e todo o sistema devem estar motivados e preparados para enfrentar o futuro que se tem revelado incerto, em permanente mudança, para da melhor forma contribuírem para o sucesso educativo.
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De seguida, depois de todas termos encontrado um artigo do nosso interesse, o professor pediu que nos juntássemos em grupo. O meu grupo é constituído por 5 elementos, desta forma havia 5 artigos de temas distintos. Assim, tivemos de escolher qual o tema que interessava a todas e que poderia servir como base para um projecto a desenvolver ao longo do semestre. O artigo escolhido é da autoria da Dr.ª Ana Franscica Monteiro denominado por “Mediação no uso da Internet por crianças e jovens: Contornos do problema”. Este texto está publicado e pode ser consultado no blog do nosso grupo em http://www.internetseguratic.blogspot.com/. A selecção deste artigo foi devido ao facto das TIC estarem cada vez mais presentes no nosso quotidiano. Assim, é essencial ter a consciência que estas podem trazer alguns riscos. Visto isto, é necessário orientar as actividades das crianças e dos jovens na internet, para que estes a utilizem de uma forma correcta. Tanto eu, como os restantes elementos do grupo escolhemos este tema com vista a reflectirmos sobre determinados problemas que as TIC podem importar e também numa tentativa de perceber como é podemos permitir que as crianças usem a internet sem que se percam no imenso mundo de informação lá existente.

A última actividade desta aula foi a elaboração de uma pequena apresentação, onde déssemos a conhecer os elementos do nosso grupo e os caracterizássemos muito resumidamente. Esta apresentação tinha de conter também uma pequena introdução sobre o tema escolhido pelo grupo.

Aula dia 30 de Setembro de 2008

Nesta aula realizámos dois trabalhos distintos. O primeiro tinha como tema “Criar o seu próprio jogo de computador é uma brincadeira de crianças”. Neste trabalho, realizado em pares, demos a nossa opinião sobre o nível de dificuldade que criar um jogo de computador tem. Chegámos à conclusão, que para o que alguns adultos é uma dor de cabeça, muitas vezes, para as crianças não passa de uma brincadeira.
Criar o seu próprio jogo de computador é uma brincadeira de criança
Na nossa opinião, criar um jogo de computador não é uma tarefa muito fácil, como tal se procurássemos desenvolver um projecto destes não iríamos obter sucesso.
Contudo, actualmente, as crianças têm uma grande capacidade de trabalhar com conteúdos informáticos. São raros os miúdos que não são adeptos de computadores, em particular dos jogos. Dada a grande e variada oferta existente, é possível satisfazer os gostos das mais diferentes crianças.
Deste modo, eles são, desde cedo, bastante ligados à tecnologia em geral, tornando-se o contacto com o computador uma tarefa usual.
Esta convivência precoce facilita o conhecimento tecnológico das crianças, de forma que solucionam muito mais facilmente os quebra-cabeças que lhes vão aparecendo. Assim, o seu interesse e curiosidade vão sempre aumentando e vão procurando constantemente novos desafios. A criação de um jogo de computador é encarada pelas crianças como um passatempo, uma brincadeira. Esta é uma tarefa que lhes exige muito trabalho, mas eles vêem-no com descontracção e alegria. Algo que lhes proporciona evoluir, enquanto que se divertem e aprendem, simultaneamente.
O que para alguns adultos seria um problema, para muitas crianças é uma brincadeira, um entretenimento. Assim, podemos concluir que uma brincadeira de criança não é sinónimo de uma tarefa simples, mas sim que pode envolver várias capacidades e exigências.

O segundo trabalho efectuado nesta aula foi em grupo e tinha como tema “Computadores, brincar e aprender”. Para a realização deste trabalho baseámo-nos no texto Hard fun de Seymour Papert. A pesquisa que realizámos para elaborar este trabalho foi muito interessante, pelo menos a nível pessoal, pois deu-me a conhecer alguns aspectos que até ao momento desconhecia, como por exemplo, as duas perspectivas de Papert, uma em relação ao ensino tradicional e a outra relacionada com o uso das novas tecnologias nas salas de aula.
Jogos de computador, brincar e aprender
“Hard Fun”, by Seymour Papert
Seymour Papert considera-se um crítico dos modelos das escolas tradicionais. Defende que as crianças devem ser envolvidas na aprendizagem e não forçadas a assimilar um currículo pré-estabelecido.
A carreira deste africano consiste em encontrar formas de trabalho que estimulam o aluno para o trabalho mais difícil e criar hábitos de disciplina. Contudo, não considera fácil explicar a sua forma de pensar divergente, que acentua a importância do divertimento na aprendizagem.
O crítico dá o exemplo de uma escola na Califórnia que nos anos 80 foi pioneira a possuir computadores nas salas de aula, suficientes para as crianças trabalharem diariamente. Em todos os anos escolares havia uma linguagem Logo adequada à respectiva faixa etária. Uma dessas crianças descreveu o trabalho no computador nestas palavras: “It’s fun. It’s hard. It’s Logo.” Deste modo, sublinha que o trabalho era divertido devido à sua dificuldade.
Papert defende o conceito de “Hard Fun”, pois os desafios que as crianças enfrentam na aprendizagem transformam esta numa tarefa divertida. O matemático pensa que é necessário haver sintonia entre o educador e a criança para que a dificuldade esteja adaptada às capacidades de cada uma.
Observações realizadas num centro de correcção de jovens com dificuldades de aprendizagem demonstraram que a invenção e a construção de sofisticados dispositivos robóticos exigiam uma concentração e disciplina tal que eles se envolviam ainda mais, ao contrário de desistirem perante os problemas. Papert considera que é difícil encontrar palavras que descrevam bem esta forma de encarar o ensino. Como tal, cita um dos jovens deste centro: “Hard Fun”.
Uma das questões que o preocupa é tornar a escrita divertida. Ele pensa que a melhor forma de transformar esta actividade interessante é pô-los a escrever sobre os assuntos que gostam e que os motivam. É importante, que por trás da tecnologia haja uma atitude de se cultivar intelectualmente, incutindo nas crianças a capacidade de auto-controlo necessária para o bom cumprimento de ordens.

Comentário
Através das imagens podemos observar os dois paradigmas a que se refere o autor do artigo. Por um lado, o ensino tradicional e por outro, o que ele defende em relação à utilização de meios informáticos na sala de aula, de modo a motivar os alunos na aquisição dos conhecimentos.
No que diz respeito ao artigo, concordamos com o autor quando ele atribui a importância do divertimento na aprendizagem. O facto de ser difícil não retira o prazer de aprender, mas sim torna-o um estímulo que motiva a criança a querer aprender cada vez mais.
A utilização de jogos educativos na sala de aula permite aliar os meios tecnológicos com os tradicionais, de forma a unir a aprendizagem e o divertimento adequados ao mundo de hoje e às capacidades e interesses de cada criança. Este tipo de jogos possibilita à criança a experimentação de diversas e variadas situações, sem sair do lugar.

Aula dia 23 de Setembro de 2008


Esta aula começou com a apresentação dos trabalhos de grupo que tivemos que realizar para trabalho de casa. O meu grupo decidiu apresentar este trabalho numa cartolina, onde mostrássemos as conclusões principais a que chegamos. Neste trabalho referimos também, como nos foi pedido, quais as expectativas que tínhamos em relação a esta Unidade Curricular. Com a observação e reflexão que fizemos do boneco que representa a escola do futuro, chegamos a várias conclusões, como é visível na cartolina. Ao longo desta Unidade Curricular pretendemos desenvolver técnicas para a escola do futuro, perceber quais as alturas certas para utilizar as novas tecnologias, visto que existem demasiadas ofertas e muitas vezes as crianças não as sabem adequar ao momento. Todos os elementos do grupo pretendem desenvolver ao longo desta UC os conceitos básicos relacionados com as TIC, de forma a que no futuro profissional as possamos usar e transmitir da melhor forma às crianças, sabendo que os alunos terão diferentes necessidades de aprendizagem.

No restante tempo da aula fizemos várias pesquisas na internet, utilizando vários motores de busca. Inicialmente, pensava que não iria aprender nada com este trabalho, pois considerava que já sabia o necessário e que o Google era a melhor ferramenta de pesquisa. No entanto, com o decorrer da aula percebi que estava enganada e acabei por concluir que esta foi muito útil. Isto porque, por exemplo, não sabia como utilizar o repositoriUM da Universidade do Minho e com esta aula fiquei a conhecer um pouco mais esta base de pesquisa. Outro aspecto que o professor realçou e que é fundamental, apesar de eu raramente o cumprir, é o facto de mesmo quando retirámos informação da internet termos de enunciar sempre quais são as fontes de informação (autor do artigo). Agora, sempre que faço uma pesquisa tenho em conta este aspecto.

Aula dia 16 de Setembro de 2008

Esta foi a primeira aula de Tecnologias da Informação e da Comunicação na Prática Profissional. Inicialmente, estava um pouco expectante para saber sobre o que se iria falar e quais os objectivos desta Unidade Curricular. Tinha curiosidade em saber o que iria aprender e de perceber a que nível esta UC estava ligada às crianças.
Nesta aula falamos sobre o porquê das tecnologias e de que forma é que estas estão relacionadas com as crianças. Conversamos ainda sobre o que poderá ser o projecto final. Confesso que fiquei um pouco preocupada com esta UC, pois, inicialmente não percebi quais eram os objectivos e o quê que o professor esperava que nós realizássemos.
Para trabalho de casa, o docente pediu que tirássemos uma fotografia ao boneco que se encontrava no IEC e que o observássemos.